Baladas para a japonesa.
um pouco sem sono e de olhos arregalados pela dor da noite, levanto da cama e sento ao lado do meu livro preferido. Com o livro apenas travo uma pequena lembrança daquilo que algum dia fomos, apenas amigos. Vou até a cozinha e tento fazer uma mistura de achocolatado com leite para ver se a fome pode me ajudar a aliviar minha dor de saudade. Esquento a minha máquina de escrever, quando digo "esquentar", quero dizer preparo as folhas e dou três toques nas teclas duras da minha "Oliveti", sabe aquelas máquinas antigas que os escritores já usaram. Mas não consegui escrever nada. Apenas você me vinha a cabeça. Apenas minha mente era toda em pequenos pedaços do seu nome. Em letras que minha confissão não pode sequer alcançar de tão alta que és. És, talvez não esteja você a se encaixar em qualquer lírica ou poética inventada por mim, mas você está onde não estava eu algum dia. Abro meu caderno numa folha em branco qualquer, e teu nome ressoa no relógio do meu quarto como b