O irmão alemão do Chico podia ser meu também?
Não é meu costume ler, e muito menos falar sobre um livro recentemente lido por mim, durante a longa viagem de saudades que foi de Manaus, Brasília e Rio Branco, cidades brasileiras, mas que poderiam ser só sonhos meus. Acordo assustado em um avião, achei que tivesse ido parar, por incompetência minha, no Oriente Próximo, sem dinheiro no débito e com o limite do cartão de crédito no limite da loucura, tenho que escolher entre pagar R$ 39,90 no novo livro do Chico Buarque intitulado "O irmão alemão" ou economizar para comer algo que alimente meu corpo obeso, com, quem sabe, uma bomba de carboidratos vendida a preço módico no Mac que fica no aeroporto de Brasília. Ando desnorteado pelas vielas do aeroporto de Manaus, é bem maior que minha casa, mas mesmo sim, tento fingir que minha carteira está cheia de dinheiro, acho que por um assombro qualquer, se for flagrado sem dinheiro, talvez seja eu, até mesmo, preso, por desacato a economia popular. Um crime inexistente, por