Carta para Sophia. (Parte II)
Minha doçura de filha, Pitoresco é imaginar que daqui há alguns anos, eu e sua mãe, não seremos mais tão necessários para você. Calma, digo isso, não que eu sofra de algum distúrbio de sofrimento antecipado, apenas para lembrá-la que as fraldas trocadas, em sua maioria por sua mãe, não serão mais indispensáveis. Você aprenderá a tomar banho, usar papel higiênico, escovar os dentes, pentear o cabelo, enfim, saberá de todas coisas que nós aprendemos com o passar do tempo, e um dia, e espero que este dia demore, você vestirá sua melhor roupa e dirá "Pai estou indo na casa da Paulina", e eu retrucarei: "Mas quem é Paulinha?", e você certamente com aquele ar de enfadonho responderá: "Pai, minha amiga da escola". Naquele dia, talvez, terá se completado a mágica da vida, minha linda Sophia, estará fora dos olhos atentos dos pais. Naquele dia dia haverá choro e ranger de dentes, tudo é claro imaginário. Rapinas, criminosos, psicopatas da minha cabeça sai