Monomonia
Eu queria ser compositor, acho lindíssimo quem consegue construir rimas, melodias e letras, transformando toda aquela, antes monotonia, em música e movimento sonoro organizado, não como ditadura e nem como democracia, mas como som livre, sem limitações dogmáticas ou ético-morais. Nada escrevo e não toco qualquer instrumento sonoro. Meu tempo é um ditador silencioso, corrói aos poucos a estrutura de meus pensamentos. Tudo se passa na minha cabeça com uma rapidez tão intensa, que mal consigo respirar. Há tempo para tudo, menos para viver. Há tempo de festas e desejos, mas de saudades pouco se fala, e pouco se vive. Quinta-feira é triste, e com chuva fica menos poética e mais escura ainda. A blusa do lado errado cópia de trecho da música da Clarice Falcão, nem sei que música é, sei que é legal. Quantas inutilidades se tornam tão úteis quando se chove lá fora, como um chocolate quente com pouco leite, fica forte demais, e mesmo assim, ainda invejo os compositores de músicas.
No Youtube bebo Monomonia de Clarice Falcão e lá fora, só chove saudades dela e de uma certa filha da sabedoria, Sapientia.
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