Filoliteratura

Ao chegar do trabalho, abro meu amigo Google, o qual seu Doodle temático diz-me: "Everson, hoje é dia dos namorados, seu babaca!", é possível até ouvir as risadas de deboche, coisa triste porém aceitável em se tratando da teia cibernética informacional. Olho para o teto, só vejo livros, cerâmica, tinta creme e saudades da família, de casa e dos amigos que ficaram para trás, enfim, são esforços necessários na vida de um menino. Até penso que eu deveria escrever algo no meu diário virtual, mas deixo para lá, se navegar é preciso, viver é bem mais preciso, desculpe aqui minha redundância, ela foi proposital. Agora já é final da tarde, estou numa terra distante e desconhecida, uso o extinto messenger  para chamá-la para sair, mas ela diz "passa aqui em casa mais tarde", e eu respondo com meu extremismo semântico de sempre: "você quer ir ou não comigo ao baile dos namorados?" e ela, laconicamente responde: "passa aqui em casa, talvez eu vá, até lá eu

Querida filha, já é madrugada, acabei de vê-la, em seu berço, dormindo como um anjo. A central de ar nova da Eletrolux que eu comprei na loja Bemol para pagar em quatro "leves" prestações, tudo pelo seu bem estar. Como diz minha grande filosofa materna "Meu filho você só vai entender o que é ser pai, o que é ser mãe, quando você for um deles." Minha mãe sempre certa. E tem mais, olha o tipo de frase da sua avó Nilva: "A gente faz de tudo por esses filhos, e eles num dão valor. Vocês só vão me valorizar quando me verem aí nessa sala, mortinha da silva. Aí neguinho vai chorar, e não vai ter mais jeito." Confesso que é bem reconfortante ouvir essas palavras. Não se preocupe queria Sophia, sua avó Nilva está "vivinha da silva", e hoje, pelo telefone, disse "pra eu te dar um beijo, porque vovó e vovô tão com muita saudade". Eu já dei o beijo e o recado fica no seu coração infantil. Minha filha, depois de seu primeiro dente, agora perceb

O título desta foto "Isso não é uma careta da Sophia" é exemplar, pois demonstra o quão magnífica pode ser a vida, uma careta, Sophia, sua linda mãe e o tempo da alegria. Adoro aniversário, nos dá conta de nossa finitude, a contagem dos anos, como as contas dos Rosário, é lindo, é lindo. Sem mais delongas, aprecie a foto. Sophia (08 meses) com sua mãe Giselen participando do Aniversário da Dona Dinorá, esposa do Senhor Marino Botoni, donos do famoso e grandioso "Hotel Cascavel", situado no Distrito de Extrema-RO. Extrema-RO, 19 de Abril de 2015.

Querida filha Sophia, estou em dívida comigo mesmo, e principalmente com sua história de vida, aquela à qual sou, em parte, responsável para um contar de todo o dia, apenas um pouco. Confesso que eu gostaria nesse momento de colocar suas lindas fotos infantis para que você tenha uma ideia da beleza de seu crescimento, porém, já de antemão, em razão de minhas limitações técnicas, prometo que no próximo texto, irei fazer o maravilhoso "álbum de Sophia" e seus 8 meses de vida. Promessa é dívida, hein?! Pois bem, no mês passado você, minha filha, já era capaz de sentar, e quase sempre ainda caía, mas de uns dias para cá, tem caído menos, o que para nós, já é um alento, pois nada dói mais em mim e na sua mãe do que ouvir seu choro de dor. É uma correria só, acalmar seu mar de dor é nossa tarefa cotidiana, mas logo em seguida, lágrima vira riso, você nem se lembra mais que caiu. E algum dia Sophia caiu? Só você mesmo. Agora que de deu de gritar o "manhês" e "pan

Há um fenômeno novo ocorrendo neste nonsense mundo de Sophia, é a chamada Fotosophia de aproximação. Neste enigmático e esplendoroso acontecimento único, uma menina olha para a máquina fotográfica, um olhar se fragmenta um múltiplas cores, uma miríade de sonhos tornam a juntar-se novamente, o que se singulariza na mistura de um sorriso único e específico. Coisas que só um pai "abestalhado" consegue ver. Acho que deram à isso o nome de "Síndrome de Fotosophia" e ela acomete um a cada 01 trilhão de seres anos-luz próximos da terra. Estrela-anã? Buraco negro? Tudo balela. O que vale dizer é que a natureza trouxe ao mundo uma cadeia intrigante de imagens, a mini-cachoeira ao fundo, a floresta selvagem, a profundidade e a perspectiva que emudecem os espectadores do quadro/conceito. Em outras palavras, é uma menina, que feito Sophia transforma qualquer foto numa fotossíntese única de água, argila, floresta e síntese proteica de vida. Vai Sophia, vai ser guache na vida,

Sophia e sua amiga Tartaruga Centenária, vinda da ilha de Galápagos. Sophia com 6 meses de idade querendo devorar a máquina fotográfica de sua mãe. Querida filha, hoje você completa 6 meses de idade, e ver o teu crescimento me faz lembrar dos meus tempos de criança. É sério, eu também já fui criança, sua mãe também, suas avós e seus avôs, todos nós já fomos crianças um dia. Não se trata somente de beleza, porque isso, sei que é passageiro, e sem tirar conclusões apressadas, peço-te apenas uma coisa, eu daqui do passado, e você aí do futuro, nunca pise nos outros para conseguir seus objetivos, não humilhe seu colega ou irmão, respeite sempre os mais velhos, esforce-se para economizar água e luz, porque o meio ambiente tá gritando, e não diminua a vigilância, cuide do nosso planeta, porque como diz o poeta "escreveu não leu para a natureza, a tesoura comeu".  E tu minha, que não pode ser minha, mas nossa filha, diga sempre no coletivo, porque você está sendo edu

Não é meu costume ler, e muito menos falar sobre um livro recentemente lido por mim, durante a longa viagem de saudades que foi de Manaus, Brasília e Rio Branco, cidades brasileiras, mas que poderiam ser só sonhos meus. Acordo assustado em um avião, achei que tivesse ido parar, por incompetência minha, no Oriente Próximo, sem dinheiro no débito e com o limite do cartão de crédito no limite da loucura, tenho que escolher entre pagar R$ 39,90 no novo livro do Chico Buarque intitulado "O irmão alemão" ou economizar para comer algo que alimente meu corpo obeso, com, quem sabe, uma bomba de carboidratos vendida a preço módico no Mac que fica no aeroporto de Brasília. Ando desnorteado pelas vielas do aeroporto de Manaus, é bem maior que minha casa, mas mesmo sim, tento fingir que minha carteira está cheia de dinheiro, acho que por um assombro qualquer, se for flagrado sem dinheiro, talvez seja eu, até mesmo, preso, por desacato a economia popular. Um crime inexistente, por

Querida filha Sophia M., venho falar contigo aqui do futuro para que você nunca esqueça daqueles que te amaram e te amam.  Hoje, dia 09/01/2015, faz 5 meses que você nasceu, e suas vitórias diárias são espetaculares. Percebo na minha pouca inteligência, que você já me reconhece, assim como sua mãe e seus familiares mais próximos, sem falar nas alegrias que nos dás todos os dias. Mas quero chamar a atenção para dois pontos fundamentais do seu desenvolvimento físico e cognitivo: I) Seu sorriso e, II) Seus pés. I) O que falar de um sorriso solto, infantil, mas como uma certa seriedade indescritível, aquilo que nos deixa extasiados ante tamanha gostosura de suas gargalhadas. Não deixa de ser Sophia, mas que é gostoso rir de mais contigo. Sei que muitos me acham louco, mas jaz aqui um pai que te ama muito. II) Você fez uma descoberta nos últimos meses, somente comparável a chegada de Colombo na ilha Hispaniola, os pés, ou melhor, seus pés. Pés na boca, na mão, enfim, é uma festan