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Diário de um futuro pai: Da concepção ao primeiro banho.

Pela primeira vez na vida senti que passei no vestibular pela segunda vez, pode até ser uma redundância proposital ou mesmo uma simples metáfora que abarque a grandeza da minha alegria. Enquanto escrevo este texto, tento decidir ser escreverei em primeira pessoa, aos meus amigos e familiares, ou até mesmo em tom de conversa entre pai e filho ou filha. Por isso, se você ficar entendiado com esta leitura, desista, pois minha intenção é unicamente falar sobre carinho, amor, paternidade/maternidade compartilhada, sonho, algodão doce, balão de gás solto no ar, a primeira maça do amor na festa da escola, o primeiro toque, o primeiro beijo, o primeiro cheiro nunca esquecido, o espaço único do desejo, a geladeira onde não havia água, a coca-cola que eu nunca tomei, o medo da chegada do outro, o encontro com o outro quando apenas houve um balançar de cabeça, o anel que custou R$ 0,50, a notícia dada a família, o choro de alegria da minha mãe, a música que inventei pra ser nossa, os 25 milhões

Merendinha

Havia uma varanda naquela casa, minha avó Varinta deitada na rede, quarto. Vejo que o tempo passa em tardes melodiosas, o cheiro do passado reflete no quadro do meu avô que mira e anda por minhas lembranças não vividas. O barulho da rede dela faz assim algo do tipo que ensurdece minha solidão de menino, mesmo assim me sinto seu único neto, me sinto mais ainda, seu único filho. Na varanda uma cadeira com os punhos já velhos, não balança mais, minha avó não senta mais lá, não porque não quer, não porque não pode, mas porque rede é coisa sagrada, lugar do sono ribeirinho, de tardes que eram passagem de vida. Na geladeira já velha pego uma banana, e como. O almoço no horário sempre fiel, o relógio da minha avó é diferente, adianta e atrasa, e atrasa e adiante. Seu sono velho era marcado pelo vai e vem da rede, não havia preocupação ali, a única a existir era ela. E eu na sala assisto algo sem importância, ou escrevo talvez algo que deveria ter dito, e tive medo. Eu penso que minha

NOSTALGIA por Orlani Meireles Aguiar quando fores grande.

Este texto não foi escrito por mim, quem dera ter sido eu o arquiteto literário desta prima donna  da simplicidade rimada e juvenil, enfim, transcrevo na íntegra "Nostalgia", um ensaio genial para o escritor que algum dia pretendo ser. Se delicie, e conceda todos os direitos reservados para meu amigo escritor Orlani M. Aguiar, foi ele quem sonhou, viveu e escreveu em seu lapso nostálgico dos tempos da infância que nunca se acabaram. Nem um ponto final, correção gramatical ou vírgula foi acrescentada ao texto original. NOSTALGIA Em um momento nostálgico me senti de volta ao mundo mágico Ouvi um pássaro cantando e o seu canto me trouxe um sentimento de espanto Me espantei com o barulho da panela de pressão que minha mãe preparava o feijão Achei que ia aco rdar depois das oito e iria encontrar uma mesa farta de biscoito Acompanhado de um pé de moleque cor de ouro, banhado na cabeça de touro O cheiro do café feito na hora, logo depois ouvi meu irmão dizer “vambora” “Vambora”

Ricardo.

Ricardo sou, nasci indagorinha , com um coração tão grande quanto o mundo e talvez mais feroz que um leão em posição de ataque. Minha presa? A vida, essa aqui em baixo de um seixo, e ali perto passa um pequeno córrego. Se escorre um pouco, há prazer na água tocando meu corpo pequeno e grande em sonhos. Ao me levantar o raio de sol batendo em meu rosto moreno, é uma sensação de prazer indescritível. Idas e vindas dentro da água limpa, um espetáculo fantástico de uma espera. Uma luz ali, minha grande esperança. Minha dor necessária no suspiro primeiro, não esquecerei jamais. Pioneiro respirar poético. Ufa! Eu pensei isso sim, uma onomatopéia única num momento religiosamente bonito. Uma dependência tão aconchegante que até as rápidas ausências do cheiro de minha mãe, me deixava um tanto choroso. Papai me olha do vidro de fora, seu olhar se enche de lágrimas, a espera finalmente tinha começado. A luz me incomoda, nem sei se chama isso de luz, mas deve ser a luz mesmo, lugar excessivam

Aumentam as reclamações contra a administração da Prefeitura na capital e nos Distritos.

Aumentam as reclamações contra a Prefeitura - RONDONIAGORATV

Vinte Aniversários.

Por esses dias assisti um filme belíssimo chamado “Lição de amor” e uma frase me chamou bastante atenção: “O amor acontece fora do tempo e sem a interferência de um plano previamente construído”. O farol continua acesso, mesmo quando o amor encontra-se distante 300 ou 330 centímetros de distância. O amor! Ah! O amor pode ser maiúsculo, feinho, bonitinho, plantado ou imposto, sendo verdade ou mentira, o amor, já diziam os antigos, tem suas armadilhas! Caí e caído continuo. Nunca me levantei de você. Estou entorpecido por seus beijos desde ontem. No seu aniversário que é e são todos os dias, quem ganha sempre o presente sou. Eu nunca consegui sair de você. De dentro de seu coração, estou ferido e sangrando de alegria por tê-la tão branca pertinho do meu rosto. Uma obsessão que é sentir sua respiração durante a madrugada. O meu “Meu” só pode ser um quadrado perfeito quando estou com “Teu” perto de mim. Mesmo pagando contas, envelhecendo e esquecendo datas, seu aniversário se faz c

"TODO VAGABUNDO TEM QUE MORRER!"

"TODO VAGABUNDO TEM QUE MORRER!" Matou o "Outro" à luz da noite da noite. Noite escura era aquele jogo de palavras inúteis. O sangue que escorria pelas minhas veias, era o mesmo que endurecia aos poucos na parte mole do cérebro do "Outro". Escorreu o sumo do vagabundo e o fumo de um respingo era apenas o começo de outras guerras. Olho para trás. Ainda pensei no pai que nunca tive... Finda a curta vida daquele filho da puta. Era um filho da puta, sim! Curto a vida para os outros rumos. Não sei fazer versos, nem nunca estudei. A escola era um saco. Era foda olhar por entre as grades da sela. Era só dela que eu lembrava. Minha mãe era um doce quando não tomava pinga . Bebia e me batia. Eu só tinha treze anos. Filho da puta, vai ameaçar quem agora, hein?! Levanta seu monte de merda! Sangue nos olhos, rapaz! Me batia e me expulsou de casa. Não sou inocente. Comia minhas primas sob a lâmina de uma faca de serra. Ah! Se ela não me desse, dava uma bem na cara