NOSTALGIA por Orlani Meireles Aguiar quando fores grande.

Este texto não foi escrito por mim, quem dera ter sido eu o arquiteto literário desta prima donna da simplicidade rimada e juvenil, enfim, transcrevo na íntegra "Nostalgia", um ensaio genial para o escritor que algum dia pretendo ser. Se delicie, e conceda todos os direitos reservados para meu amigo escritor Orlani M. Aguiar, foi ele quem sonhou, viveu e escreveu em seu lapso nostálgico dos tempos da infância que nunca se acabaram.

Nem um ponto final, correção gramatical ou vírgula foi acrescentada ao texto original.

NOSTALGIA

Em um momento nostálgico me senti de volta ao mundo mágico
Ouvi um pássaro cantando e o seu canto me trouxe um sentimento de espanto
Me espantei com o barulho da panela de pressão que minha mãe preparava o feijão
Achei que ia acordar depois das oito e iria encontrar uma mesa farta de biscoito
Acompanhado de um pé de moleque cor de ouro, banhado na cabeça de touro
O cheiro do café feito na hora, logo depois ouvi meu irmão dizer “vambora”
“Vambora” pra chuva jogar bola, aproveitar que não tem escola
Mesmo com a o sol vindo e a chuva indo embora, tinha brincadeira pra toda hora
Minha família, como a dos meus Amigos nunca foi rica, mas sempre tinha dinheiro pra comprar linha de pipa
E depois de fazer o cerol passava o dia de cara pro sol
Só ouvia minha mãe gritar, menino sai do sol e vem almoçar
Nem lembrava de almoçar, minha fome era mesmo aquela boa de empinar
Empinava até acabar o sol, e depois guardava o papagaio pra jogar um futebol
Jogava até anoitecer, jogava no campo ou na quadra eu podia escolher
Jogava sempre com o pé no chão, quase todo dia ficava sem o couro do dedão
A noite então caia, mas ainda não era o fim do dia
Ficava de conversa na esquina, entre o Seu Chaga e a Dona Ervina
Na conversa tinha mentira, vantagem, piada, e sobre os seus amores
Lá ninguém não falava era da bolsa de valores
Então chegava a hora de ir pra casa e já sabia com certeza
Que eu iria encontrar uma canja de galinha servida na mesa
Mas quando eu ia me virando pra deixar a turma inteira
Minha mãe já me passava um belo galho de goiabeira
- passa pra casa menino, tu não tem casa não?
Saí tão rápido dali que nem me despedi
Então cheguei em casa e nas costas um arranho
E nos gritos entrei no banheiro e rapidamente tomei um banho
Depois da peia então jantei e escovei o dente
Então acabou o dia e eu fui dormir de lombo quente. rsrsr



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