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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Hoc est meum.

Escrever é um ato sem regras. A gramática feminiliza as relações agraciadas por uma escrita sinuosa e sem tensões. Estou escrevendo agora, pois não tenho o que fazer. Está escuro aqui de onde estou. Meus pensamentos parecem tão perdulários diante da fraqueza de minhas pernas. Não posso e não quero alçar voos mais longos, deixo isso para o menino que algum dia pensou que podia mudar, mas ele não conseguiu nem mudar seus hábitos antiquissimos. Nunca fui muito bom com as letras. Um exegeta esquecido. Um deus dentro de mim, parece despertar e que dizer ao seu íntimo o quanto seu egoísmo tirou-lhe a alegria de viver. Dói muito ter perdido meu sonho naquela madrugada. Dói essencialmente meus pés. Dói como se repete aquela dor. Uma melodia com staccatos. Um contraponto. Um fim melancólico e sem graça, como naqueles filmes em que se espera tanto e no final nunca acontece nada. Baixo a minha guarda... Sou apenas quem eu sou. Fecho-me agora a todos. Como Descartes algum dia desses disse pra mim.

(...) entre aspas.

Vale lembrar que sempre escrevo as coisas fora da ordem estabelecida por meus editores, falo sobre temas os mais diversos possíveis, como viático para não entediar meus intrépidos leitores desta obra ainda em construção no qual sintetizo meus poucos pensamentos. Sou como um pintor que tenta eternizar por meios de tintas e pinceladas desconcertantes num quadro, aquilo que a vida tornará provisório e passageiro. A vida é injusta conosco, os cheiros que sentimos agora são inúteis diante da brevidade e a morte caminha lado a lado com o cheiro de flores que nunca mais sentiremos daquele jeito. Nossos relacionamentos amorosos se perdem de nossas mentes, uns poucos que ainda lembramos dos momentos de alegrias quase sempre a tristeza desbanda-se e choramos como crianças que tropeçam e levantam constantemente, até se tornarem racionalmente afeitas ao aprendizado que nos ensina que cair é apenas uma dor sentida provisoriamente. Fico pensando as vezes onde estão meus pensamentos de ontem? de que

Nas quintas-feiras.

Eu te vi pela segunda vez e não costumo me apaixonar na primeira vez e isso me leva a outro pensamento descolado da realidade aparente. Não vou escrever sobre o amor ou sobre uma paixão a terceira vista, nós apenas conversamos poucas vezes, eu sei tão pouco sobre você. Sei o essencial sobre poucas coisas na vida. Minha epopéia começou quando conheci aquele que a gestou em seu ventre tua beleza ainda escondida. Ele disse sou R. Quem era aquele R? Ele parecia tão feliz ao lado dela. Quem era eu? Ninguém. E ela? Ainda sei tão pouco. À ela dedico um verso delicado igual ao sorriso que se perdeu numa noite de sexta-feira qualquer. E eu era feliz e sabia. Hoje ela está longe. Eu lembro que fui feliz nalgum dia.Acordo da realidade. "Acredito nos deuses e me vicio em roubar teu ar. Teu ar me rouba a saliva. Tua boca roubou minha racionalidade. Não adiante ser racional quando o sentido que me bateu fez: Toc! Toc! o relógio da vóvo. Não era uma rima minha. Era um gosto amargo. Um sabor de s

Manifesto contra a burrice dos H(h)omens.

Mesmo sendo burro vou fazer um texto contra a burrice dos homens(digo homens e mulheres no sentido universal, um perfeito preconceito linguístico comumente chamado de sexismo de linguagem). É certo que a inteligência emocional da maioria das mulheres no mundo é superior a de nós meros semideuses hominis fracassadus, porém, o que tem incurtado meu in(tedio)mento nestes tempos é a incapacidade das mulheres em observar obviedades sobre a invenção de nossos sentimentos, sobre o que fazemos pra conquistar nossas fêmeas além de outras coisas inúteis que vou procurar refletir neste pequeno asco de texto. Minha reflexão se inicia a partir dos relacionamentos amorosos que começam como duas flores que desabrocham suavemente, em seguida crescem e se reproduzem quando deu fé já se transformaram em um lindo jardim do Éden. Entretanto, neste jardim os dois infantis Adão e Eva se enamoram constantemente sem medo das mediações equívocas do pecado( que nunca foi original, mais sim pirata)introduzidos p