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Mostrando postagens de outubro, 2014

Dorme Sophia, Dorme Sophia...

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casa vazia, estrelas não existem mais lá. sólido, meu coração intenta latejar um respirar humano. não há sabedoria nisso. há, talvez, distância. há, quem sabe, um sonho infantil á dominar o rosto de Sophia. sabedoria de criança é não sentir saudades. dor de adulto é que nem dor de ouvido, latente, latente, latente. Deixa o espaço íngreme, não vejo mais ela, Sophia, correr pela casa. Sorrir e dar gargalhadas. Onde está Sophia, será que se foi para outra ilha? Especulo que não. Não deixaria ela aquela casa, antes tão vazia, sem antes se despedir de mim. Sorriso de vento, vai-se embora que nem dá para notar detalhes. Esquina, lá onde moram os queres. Lá onde repousam os passarinhos, os palhaços, as meninas cor de rosa. Sapietia infantilis. Taxonomias inventivas tão desnecessárias, chega até ser redundante. Sem lógica alguma, meus pensamentos se descolam do previsível e penso levantar-me da cama, olhar o berço e ver Sophia, dizendo: "pai, já acordou?". Não se pod

Falso Haicai para Sophia.

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Quando Sophia nasceu, eu ainda era criança. Andava perambulando para cima e para baixo lá na rua Pirituba em uma casa de madeira pintada com cal na cor azul, era linda aquela casa. Ela, digo não a casa, mas Sophia, nem sabia que eu existia. Que tinha sabido de minha existência, não sei. Talvez sim, e talvez não. Deixa pra lá. Coisas de meninas. Não gosto de meninas, as acho muito chatas. Querem controlar nossas brincadeiras, não aguentam uma "dividida" no campinho de futebol. Se a gente não as deixam brincar, ficam bravas, e dizem que não vão nos deixar brincar de casinha com elas. Puros blefes sem sentido. Sei que não cumprirão tais promessas. E Sophia? Sophia nem andava por lá. Sophia ainda era superfície. Ainda era apenas mais uma ideia no vasto mundo da ideias platônicas. Essa menina toda vez que passa lá pela rua de casa, mas flor do que gente, inspira sorriso e molecagem, chama a gente pra brincar, depois fica mandando a gente sair da brincadeira, diz que a gente não s