Filoliteratura

Segundo Montalvão (2018, p. 170) ao tecer comentários sobre o livro "As origens do totalitarismo", afirma que "[...] Arendt assinala que todos aqueles que se encontram envolvidos em uma mobilização de viés totalitário (simpatizantes, membros do partido, o círculo íntimo que rodeia o líder, dentre outros) parecem compartilhar, em maior ou menor medida, um discurso caracterizado por cinismo e credulidade. Um discurso que se vale de mentiras e ficções difundidas e preservadas pelo movimento totalitário." E continua o autor, ao dizer que "Quando se observa uma sociedade na qual, há algum tempo, determinado regime totalitário se encontra estabelecido, acaba-se constatando que o resultado mais frequente da "lavagem cerebral" difundida pelo regime é um peculiar tipo de cinismo (ou, por que não dizer, uma alienação). Um cinismo que se caracteriza pela capacidade de levar o cidadão a não acreditar, de maneira nenhuma, na verdade de qualquer afirmação cont

Eu escrevo hoje, 31 de Outubro de 2018, da cidade de Porto Velho, Estado de Rondônia, com o objetivo de testemunhar quando tudo começou. Digo e acrescento, quando começou a barbárie neste país. Pelo menos por aquilo que senti. No último domingo 28 de Outubro de 2018, pessoas de meu país escolheram uma pessoa, um homem como qualquer um, ele tem família, tem filhos, é alguém. Eu lhe respeito por isso, simplesmente pelo fato de ser gente como eu. Mas eleito presidente da república, Jair Bolsonaro, tomará posse no dia 01 de janeiro de 2019 na capital, Brasília. Que dia mais triste foi esse, um homem que podia ser qualquer um de nós, eleito Presidente da República, através de notícias falsas (fake news), discursos violentos contra minorias (mulheres, gays, negros, etc.), sem falar nas suas alusões claras à tortura e exaltada à Ditadura Militar, enfim, me falta palavras agora. Mas quero deixar registrado aqui em meu blog uma coisa: É preciso lutar! É preciso resistir! É precis

Hoje, não o que ele talvez seja na sua forma fraterna, mas sim que o ele representa atualmente para a sociedade brasileira, um mito enquanto fugacidade herética, uma saída violenta para os problemas do país, este já um emaranhado vergonhoso de marginalizações. É com tristeza, amargor e fúria que grito, minha querida cidade recebe o deputador Bolsonaro, candidato à Presidente da República. Ouço fogos de artifício celebrarem sua presença. E ele ri com a cara séria. Debocha com a cara séria. Pensa de forma séria, e debocha mais uma vez. "Eu aqui falando asneiras sem sentido algum e eles aqui embaixo me chamando de MITO. Penso que preciso intensificar meus ataques aos "Inimigos", assim deixarei logo logo de ser mito e me transformar em DEUS". Eu? Só debocho, sou um debochador da pouca inteligência que ainda resta aos meus conterrâneos. Em uma faixa na av. Gov. Jorge Teixeira vejo escrita "PAU NOS VABAGUNDOS, BOLSONARO NELES", eu olho e vejo, como são uns idio

"Com o que tenho visto e vivido no tempo-presente, mais vejo a importância da História para a vida." "Me sinto cada dia mais burro, quando vejo as postagens do Facebook". "Não sei porque, mas agora vejo que sempre adorei bibliotecas. Adoro bibliotecas até hoje." "Eu gostaria tanto hoje de mais e mais ficção e literatura e menos problemas." "Bocas que se olham, olhos que se beijam... azul". (do filme Azul é a cor mais quente). "Bárbara, Bárbara Nunca é tarde, nunca é demais Onde estou, onde estás Meu amor vem me buscar Vamos ceder enfim à tentação Das nossas bocas cruas E mergulhar no poço escuro de nós duas Vamos viver agonizando uma paixão vadia Maravilhosa e transbordante, feito uma hemorragia" (Trecho da música "Bárbara" de Chico Buarque). "Burro eu sou. Há sempre uma sina a me perseguir. Digo que vou ler um livro diferente de todos os que eu já li. Me engano. Minto. Sempre