Postagens

Mostrando postagens de abril, 2011

PEQUENINA HISTÓRIA PARA VOCÊ NÃO ESQUECER MAIS DE MIM ou "O poeminha de saudade.".

Do outro lado da mesa, apenas ela, sentada e imóvel como a lua que hipnotiza a noite que se vai em prantos. Todos haviam ido embora para algum lugar fora de mim, podia ser para qualquer lugar mesmo, nada importaria, já que do outro lado da mesa estava somente ela. Alta e grimpante como a criança que acabou de ganhar seu brinquedo preferido. Do outro lado da rua, era ela, com outros. Que outros? Era só ela! Ela estava sozinha em cor, lágrima e brilho. Era só ela em imagem e afeto. Miragem? Sentimento? Ah! Ela do outro lado da rua, parecia estar no meio de uma multidão que vinha lhe bajular tentando talvez, um abraço ou beijo dela. Quanto ao beijo, vejo que do outro lado da rua, ela não estava sozinha, mas não importam as pessoas, importava era vê-la em poesia e espinho-canção. Do outro lado do mundo, ela estava como que enferma. Sinto que eu fico doente em pensar isto, quando penso que do outro lado de lá, há somente ela em sentimento, tão simpática e inteligente, mas que gostosura de b

Cristina: A culpa continua sendo dos pombos-correios!

Cristina, já que os pombos-correios (como sempre) ainda não chegaram aí em tua casa manauense, achei por bem compartilhar um trecho interessantíssimo de um livro de filosofia que estou lendo por estas horas aqui no distrito extremense. Nossa! Estou com uma mania de superlativo agora, viu? Aconteceu algo comigo hoje? Estranho isso. Esquece isso, senhorita Cristina, foi apenas um devaneio comum que jorrou de meus velhos pensamentos. O que acha dessa palavra: DEVANEIO? Eu já havia utilizado esta palavra em outros poemas que eu mesmo havia escrito, mas nunca a tinha observado da maneira como meu amigo filósofo Bachelard escreveu neste trecho de seu livro "A poética do Devaneio" e aí vai um trecho, se quiser pode ler depois... Mentirinha pequinina... Leia agora, vai ser rápido, juro. Agora sim: "(...) Ainda existem almas para as quais o amor é o contato de duas poesias, a fusão de dois devaneios. O romance por cartas exprime o amor numa bela emulação das imagens e das metáfor

Cristina: A culpa é dos pombos-correios!

Mas tarde te encontro na porta da tua casa. Mas tarde te roubo na calada da noite, enquanto todos se contorcem em pensamentos vãos, te embrulho em papel de seda e te coloco sobre meus braços raquíticos e te levo para mais tarde te... Mas tarde do que nunca mais poder te olhar. Mas tarde do que aquela madrugada em que nós ficamos juntos. Não poderá haver neste mundo uma existência tão perene como a nossa. Nossos planos em ficarmos juntos são loucura aos olhos dos não-doutos em matéria de afetividade e carinho... Não se ainda se ensinam isto nas faculdades de odontologia de nosso país, se não, acho que deveriam reformular a grade curricular e ministrar aulas de "afetividade e amor", tópicos especiais em "como amar a boca e seus dentes" e outros que só você há de criar um dia.. com suas inteligentes e gostosas brincadeiras... Sonhar ainda é possível, quando se imagina algo tão subjetivo, parece até real. Se não dou notícias para você, não que eu não queira dar, não que

CRISTINA

"Nada de pensar a melancolia desse jeito tão triste, daquilo que tua ausência/presente já me disse exaustivamente. Pressente-se um choro noturno solitário rolar de meu rosto marcado pelo tempo, apesar da mansidão da noite que se fragmenta em sonos e sonhos. Seria talvez um pesadelo que acordou comigo esta tarde?” Everson (queria ter nascido no mesmo dia que você). Nada pode ser escrito por mim, sem que isto me cause uma dor tão profunda, como aquela angústia que sobrevive à sombra do tempo, à parte de um alimento vindouro que a melancolia da falta não cicatriza em minha carne espiritual. Da falta de presente, da falta de dias inteiros sem tua presença, da falta de vergonha na cara em pensar desse jeito às vezes tão infantil. Nada daquilo que eu tenha tentado te dizer satisfaz minha verdadeira vontade, a minha vontade é muito maior do quê pegar o primeiro trem que me leve até tua casa no alto daquela montanha amazonense. Há montanhas na Amazônia? Há coisas que há neste mundo que de