Nas quintas-feiras.

Eu te vi pela segunda vez e não costumo me apaixonar na primeira vez e isso me leva a outro pensamento descolado da realidade aparente.

Não vou escrever sobre o amor ou sobre uma paixão a terceira vista, nós apenas conversamos poucas vezes, eu sei tão pouco sobre você. Sei o essencial sobre poucas coisas na vida.

Minha epopéia começou quando conheci aquele que a gestou em seu ventre tua beleza ainda escondida. Ele disse sou R. Quem era aquele R? Ele parecia tão feliz ao lado dela. Quem era eu? Ninguém. E ela? Ainda sei tão pouco.

À ela dedico um verso delicado igual ao sorriso que se perdeu numa noite de sexta-feira qualquer. E eu era feliz e sabia. Hoje ela está longe. Eu lembro que fui feliz nalgum dia.Acordo da realidade.

"Acredito nos deuses e me vicio em roubar teu ar. Teu ar me rouba a saliva. Tua boca roubou minha racionalidade.

Não adiante ser racional quando o sentido que me bateu fez: Toc! Toc! o relógio da vóvo. Não era uma rima minha. Era um gosto amargo. Um sabor de saudade que não me sai da boca.

Uma saliva que endureceu pelo tempo. Uma dor que se esqueceu no vento. Um lamento de estar ao seu lado e não poder te tocar."

E era apenas nas quintas-feiras que eu era simplesmente eu.

Como hoje é sexta-feira que não é da paixão, fico a chorar como Florbela Espanca..

Prazer em des-conhecê-lo minha senhor T.A.

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