Carta para Sophia.
Querida filha,
Daqui há alguns dias, fará 04 meses de vida (09/12/2014), e mesmo assim ainda acho que você não sabe do tamanho da alegria que é tê-la como fruto do amor entre eu e sua mãe. Por mais que você não entenda, por ser ainda bem pequena, apesar do seu ganho de peso inegável, algo que já venho reclamando faz tempo, é que você não cabe em nosso coração. Não cabe por que figura de linguagem ainda é pouco para expressar o amor que sinto por você. Esperanças, decepções, tristezas, alegrias, fraldas Pampers que custam até R$ 380,00 (mentira!), enfim, são tantos os sentidos que envolvem sua existência, que ainda careço de palavras para tanto. Muito coisa andou acontecendo, e infelizmente tenho que te contar algumas coisas chatas: Algumas pessoas importantes para sua família que se foram, e digo isso, não para deixá-la triste, mas para saiba que a memória deles, estará também sendo compartilhada com a sua.
Tio Pintoba, Tia Vanda, Tio Mocó e Vovó Nenem.
Você não os conheceu mas sua bisavó se chama Evarinta da Costa Castro e ela foi casada com seu bisavô José Ferreira de Castro, ambos já se foram morar com os deuses da eternidade.
Não quero que essas minhas palavras sejam compreendidas com um tom melancólico, mas penso que é importante para que você minha filha valorize cada momento de sua vida, as experiências, as vivências, os tropeços, enfim, o pronome possessivo "minha" é jeito de falar de pai, mas sei que no fundo do meu coração, que você nasceu para ser feliz no mundo. E eu e sua mãe somos apenas a ponte, a ponte da esperança neste mundo.
Queria dizer isso agora e deixo só um pedacinho de um verso do meu amigo Carlos Drummond de Andrade. "Já tive ouro e tive gado, agora sou funcionário público" no poema Confissões de um Itabirano.
Leia Carlos minha ele tem mais a dizer para você, do que eu.
Distrito de Extrema, 29/11/2014 às 20h59 estou de plantão na 9ª Delegacia de Extrema.
P.S. Esse mês de dezembro tem o meu aniversário, é dia 26/12 e quero presente.
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