Baladas para a japonesa.
um pouco sem sono e de olhos arregalados pela dor da noite, levanto da cama e sento ao lado do meu livro preferido. Com o livro apenas travo uma pequena lembrança daquilo que algum dia fomos, apenas amigos. Vou até a cozinha e tento fazer uma mistura de achocolatado com leite para ver se a fome pode me ajudar a aliviar minha dor de saudade. Esquento a minha máquina de escrever, quando digo "esquentar", quero dizer preparo as folhas e dou três toques nas teclas duras da minha "Oliveti", sabe aquelas máquinas antigas que os escritores já usaram. Mas não consegui escrever nada. Apenas você me vinha a cabeça. Apenas minha mente era toda em pequenos pedaços do seu nome.
Em letras que minha confissão não pode sequer alcançar de tão alta que és. És, talvez não esteja você a se encaixar em qualquer lírica ou poética inventada por mim, mas você está onde não estava eu algum dia. Abro meu caderno numa folha em branco qualquer, e teu nome ressoa no relógio do meu quarto como badaladas do Big Bang que só vi em filmes. Quero teu beijo de qualquer jeito... Quero teu peito de qualquer jeito... Quero teu cheiro o sumo e o cheiro de qualquer jeito. Eu quero uma rima perfeita. Eu.. Eu... Eu... quero como o menino birrento que algum dia fui. Eu não quero nada. Quero se for possível você ao meu lado.
Acho que se minha admiração por te pudesse ser expressa em uma palavra, essa palavra se existisse seria simplesmente: AMOR. Tenho meus medos em falar esta palavra, os homens costumam machucar outros homens com esta palavra. Cuidado meu filho quando fores usá-la.
Ao beijo um presente que ainda não pôde ser entregue. Meu tempo é quando diria o grande poeta Vinicius de Moraes.
Para Priscila, minha Japoneusa, com amor, carinho e respeito.
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