Da Cappo.

Andei pensando um dia desses se ser sozinho, significa estar só. Parece um tanto repetitivo, se pensarmos somente pelo lado semântico, porém, abrindo a possibilidade de pensar a solidão a partir dos sinuosos goles de viver sem uma companhia. Aí a estória muda.
Estou ficando preocupado com isto. A convivência humana é um tanto complexa, disso todos sabemos ser verdade. Onde estão os amores de outrora? Onde estão nossas utopias de juventude? Vivi durante muito tempo na rua. Onde estão as dores dos outros? Estou envelhecendo ou o egoísmo tomou conta de meu coração. Não sei... Algo está acontecendo comigo.
Minhas filosofias e teologias se foram para bem longe. Sinto um peso em minhas costas, parece uma coisa estranha, essa de não se sentir em lugar algum. Sinto uma dor que é inominável. Gosto tanto de estar sozinho, mas a minha raiva é mentirosa gostaria de estar com alguém. Só vejo a revolta nos outros, vejo ilhas e ilhas todas isoladas e interligadas por desejos inimagináveis. Um desabafo, perdemos o sentido da vida. Um paradoxo? Um não ser lembrado por alguém! Um aperto, uma falta infantil como quando eu caia como criança.
Posso me afastar de todos, menos de meus medos mentais. Uma insegurança desgostosa, uma insegurança de ser feliz. Mudam-se espaços e geografias e assim repito a lógica do viajante. Ligo para um número qualquer e assim bateu o sino... somente um afastamento.
Só-zinho sempre e feliz não sei ainda.

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