Sobre aprendizado e cadarços: O cadarço nosso de cada dia.

Papéis por todos os lados, é só isso que há. É somente isto que vejo no meu horizonte, quase sempre, provisório. Espera. A paciência pode até ser uma dádiva ou uma qualidade intrínseca aos seres humanos "superiores", se é que possa ser possível tal afirmação. Mas ante as variadas conjecturas que planejei escrever aqui, irei deter-me somente a uma, na qual a considero de "uma simplicidade indescritível". E já que isto me insatisfaz, coloco aqui de prontidão no patíbulo plano dos próximos dois pontos: E eis que surge o monstro das profundezas....




"Se aprendemos a amarrar, algum dia, com êxito os cadarços de nossos próprios sapatos, podemos, certamente, conquistar, também, o cume do monte mais alto de nossas vidas."




Apesar de parecer, assaz, irrelevante tal afirmação, é forçoso que isto tenha uma função estratégica em sua estrutura de pensamento. Pensemos juntos, então, na conjugação da imagem com uma ação:




Imagine, agora que você está sentado no sofá de sua sala. Havia chovido um pouco e o barulho dos pingos violentos de chuva tenham se sedimentado em sua memória curta. Ouviam-se barulhos de vida lá fora, mesmo com um "TANTO ASSIM" de medo, talvez pela soturnidade da noite que se avizinha, você precisava sair dali... Não digo, sair para não voltar nunca mais, digo sair para ver a noite e para que a noite também te veja. Isto é, à saber, ocorrerá, talvez, ali, uma, possível troca de olhares apaixonantes, mesmo que superficial ou profunda, é uma permuta do animado e daquilo que dá "animus".




Tudo está pronto. Tudo certo, para sua saída. Para sair é fácil, porém, lhes falta o par de sapatos. Par de sapatos? O que há de errado com os sapatos? Na verdade, não há nada de errado com eles, o que pode ser mais dificil do que calçar esta peça de vestuário? É verdade, não há. O que na verdade nos amendrota é, a ideia que antecede esta ação melancólica e insensata, é a ideia "amarrar os cadarços corretamente".




Tente você voltar aos tempos de criança e tente amarrar seus próprios cadarços, porque este texto será concluído quando eu terminar de amarrar os meus, apesar de minhas dificuldades psicolocomotoras. Não que minhas faculdades mentais estejam comprometidas, mas o problema está na maneira como estou tentando amarrá-los, me falta a quantidade mínima de dedos, na verdade, preciso de um dedo, pode ser qualquer um, só para fazer o nó górdio, ao final, está pronto, cadarço e sapato, a confusão está desfeita e o plano da vida continuando seu dinamismo imprevisível.




Se você leitor já sabe amarrar seus próprios cadarços, não desista, porque tarefa mais dificil ainda está porvir. Andar descalço sobre pedras pontiagudas e lacerantes pode ser doloroso, porém, mais doloroso, para mim, foi aprender a amarrar o cadarço sob a orientação de minha mãe. A tática dela era simples e violenta. Ou eu aprendia a amarrar direito ou levava uma porrada. Quase sempre levava porrada, mas aprendi.




Aprendi naquelas épocas infantis, o que o conceito "condicionamento" quer verdadeiramente dizer.



Assim, não desisto nunca de tentar aprender a "amarrar meus cadarços" até hoje e como até agora não consegui tal feito, quase heróico, transmito estas reflexões desconexas para você leitor, através desta breve questão:




Você já aprendeu a amarrar "direitinho" seus próprios cadarços?



Cuidados com as porradas.


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