Um fim melancólico para um cidadão chamado Brasil.

Hoje, dia 17/04/2016 horário local 15h31 e em Brasília 16h32, venho escrever às gerações futuras, como um "homem comum e sem qualidades", que há uma onda tomando conta deste país, a qual chamamos de "impechamment", como se isto resolveria a crise econômica ou mesmo a política. Ledo engano, infelizmente.

Com base nas informações que nos chegam através da "imprensa" (Rede Globo e a sucursal GloboNews e etc.), ficamos estarrecidos com verdadeiros espetáculos "executados na surdina" que envolvem corrupção (E o jogo no Camp Nou entre Barcelona x Valência está 2x0 para o Valência... e a crise se expande), favorecimento de empresas em licitações, desvio de verbas, etc. etc., E isso é uma novidade na história desse país? Não, vejo que não. Isso não significa que eu seja a favor, afinal, eu também sou um corrupto, afinal não penso junto com a maioria, nesse triste engano. Um histeria só. Pessoas gritando em favor da democracia, com facas escondidas em livros sagrados. Representantes do PSC (Partido Social Cristão) na tribuna da Câmara Federal falando que vai expurgar a corrupção e que daqui para frente será um "Novo Horizonte", como se o discurso fosse reflexo do povo brasileiro.

Ainda não saiu o resultado da votação do Impechament da "ex-presidenta Dilma", mas ela ficando ou não, não teremos mais ou menos a continuidade da democracia, quando a política se resume a si mesma como, quando o poder se torna o objetivo único, um objeto desejante se cria: é o histórico poder da infâmia e das desigualdade.

Não sou petista, nem sei muito menos quem criou essa denominação. Não sou simpatizante de causa alguma e talvez esse seja meu defeito, não sou a favor do Impechamente da forma como o processo foi conduzido, com os silêncios se tornaram gritantes e muito menos aceitar que o condutor dessa operação senhor Eduardo Cunha, presidente da Câmara, um senhor de cabelos brancos, um articulador voraz pelo poder em si e um bandido travestido de parlamentar. Ele não é um monstro, pode ser qualquer um de nós. O erro nele? Não sei. Só sei que tenho a impressão que ele ainda irá cair, mesmo assim suas práticas são tidas como um "mal necessário". Estamos muito ruins de democracia. Nossa doença é que estamos doente de educação e de história.

Enfim, escrevo porque não posso falar, um Estado de Exceção se espraia no horizonte deste país. Não coaduno com essas contradições do Impechamente, sou um velho historiador, mas também me considero cidadão. Quando tudo isso já estiver feito, poderei escrever melhor.

Posição: Não sou a favor do Impechament, eu disse mas ninguém me escutou, e olha no que deu. Eu disse. 

P.S. Fiz questão de escrever impeachment errado. Nesse país tem algumas coisas erradas. 

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