Enfim, posso finalmente voltar a escrever. Meus dedos já estavam quase perdendo a sua dignidade: as digitais. Convenhamos que escrever não é pra poucos, todo mundo escreve algo. A linguagem é algo tão extraordinário que me vejo velho entre os escombros de uma vida normal a chorar, tentando entender porque não pude escrever mais sobre a vida. Passando deste tom saudosista e caquético, vou escrever sobre uma idiotice que pensei neste final de ano. Porque comemorar natal e ano novo? Já me perguntei mil vezes sobre isso e ainda não cheguei a respostas interessantes, entao resolvi coletar algumas aqui mesmo pra ver o que meus céticos leitores acham disso. "Comemorar o natal e o ano novo é como se nossa vida mudasse drasticamente de um lado do rio pra outra margem, nos molhamos sem sair do chuveiro de casa." "Penso no natal e me vem a cabeça: o nascimento do menino Jesus. Penso no ano novo e me vem de novo a mente: Caralho! As contas que eu fiz em Dezembro serão pagas em Janei...
Por tratar-se de um texto de iniciação (me pareceu um tanto melindroso) apenas me faltam poucas palavras, quão grande é o desaforo de começar a tornar pública, minhas anotações desconexas do poeta e literário-marginal que nunca serei. Pretensão minha? Certamente um erro de percurso me levou a transtornar-me diante de minhas próprias e infantis opiniões (a doxa grega) no qual pretendo, redundarmente colocar neste espaço dedicado as letras dos homens. Sou um homem sem opinião. Não exerço influência sobre mim mesmo. Apenas esqueço todos os dias de tentar escrever meu nome na tábula rasa da história. Deixa pra lá. Vamos falar de coisas in-úteis, tais como sexo, drogas, rock in roll, filosofia, literatura, música, política, mulheres das minhas sete vidas, e poucas coisas com alguma importância. Espero que tornem o ódio por essas letras frias, quentes como o sol de meus sonhos. Não quero a fidelidade de meus leitores, quero a libertinagem hodierna ao escrever o fútil do infame. Ou apenas no ...
"TODO VAGABUNDO TEM QUE MORRER!" Matou o "Outro" à luz da noite da noite. Noite escura era aquele jogo de palavras inúteis. O sangue que escorria pelas minhas veias, era o mesmo que endurecia aos poucos na parte mole do cérebro do "Outro". Escorreu o sumo do vagabundo e o fumo de um respingo era apenas o começo de outras guerras. Olho para trás. Ainda pensei no pai que nunca tive... Finda a curta vida daquele filho da puta. Era um filho da puta, sim! Curto a vida para os outros rumos. Não sei fazer versos, nem nunca estudei. A escola era um saco. Era foda olhar por entre as grades da sela. Era só dela que eu lembrava. Minha mãe era um doce quando não tomava pinga . Bebia e me batia. Eu só tinha treze anos. Filho da puta, vai ameaçar quem agora, hein?! Levanta seu monte de merda! Sangue nos olhos, rapaz! Me batia e me expulsou de casa. Não sou inocente. Comia minhas primas sob a lâmina de uma faca de serra. Ah! Se ela não me desse, dava uma bem na cara...
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