Filho do tempo.

 Ainda sinto cacos seus aqui nos meus pés. Ainda machucam, mas bem menos.

Ainda passa aquela nuvem escurecida sobre mim. Ainda passa, mas não me dá mais aquele medo de outrora.

Ainda dói, mas dói menos.

O ocaso de um sonho, que já não é mais.

Vejo novos horizontes, mais claros e mais belos. 

Estive andando hoje sozinho e pensei que depois de tudo, terei que conviver com sua memória dentro de mim. 

É sempre muito perturbador essa convivência constante com um inimigo dentro de si mesmo. É uma entidade que se apossa e parece não querer sair. Mesmo assim, eu vivo. Tenho as dores do tempo dentro de mim. Tenho sua memória da neve em dias quentes.

Sinto que a cada dia estou mais vivo.

Vejo a esperança de dias melhores ao lado dela.

Vejo uma nova vida desabrochar cada vez que olho mi amore.

Sou eu aqui um filho do tempo.

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