Everson: O escritor maldito
I.D. É assim que começa o verso de outrora no qual a poética se desprende de meus tecidos pouco nervosos.
Eu sempre apareço como criador e criatura de versos (quase sempre) sem nexo, parece que só eu entendo o que escrevo. Costumo ficar invejado quando leio alguém que com palavras tão simples consegue expressar sentidos e sentimentos tão difusos ao conhecimento do senso comum. Invejo aqueles que escrevem com a leveza e a simplicidade do porte de um certo Diego Mendonça, as vezes com sinais tão poucos sinuosos consegue imprimir dor e alegria num gesto de pura dissimetria.
Fui acusado de ser melancólico. Fui elencado entre os que deviam ser combatidos para que os jovens não pudessem ler o que escrevo. Meu sangue foi varrido das faces que a terra criou a milênios adiante. Dizem que escrevo minhas letras entre os corpos em putrefação, onde o verme já saqueia as visceras soturnamente. Quando escrevi o verso infantil intitulado "Sobre o verso da dor", me disseram que eu havia escrito para algum amor não-correspondido. Eu sempre só... somente ouvi. calado. inerte. duro e fraco por dentro.
Me disseram que amo o passado, porque sempre escrevo falando de coisas ligadas a um tal existir. Blasfêmias! É só isso que acusam meus delatores. Me acusam com provas. Me condenem todos os dias. Eu escrevo porque amo a vida. Minha família, meus amigos e meus inimigos são minha única história (razão cartesiana) de viver.
Sou feliz assim, porque escrevo alegrias que sairam de pequenas tristezas de minha pouca vida.
Temo andar descalço.
Aí está um verso alegre aos meus deprimentes acusattores...
"Um adeus ao final da caminhada, nunca seria um beijo triste
Não fosse a alegria de esperar a sua volta.
Sente-se ao meu lado.
Não chore.
Chore de alegria.
Voltei pra ficar por pouco tempo ao seu lado.
Adeus, porque eu já vi isso acontecer."
Eu sempre apareço como criador e criatura de versos (quase sempre) sem nexo, parece que só eu entendo o que escrevo. Costumo ficar invejado quando leio alguém que com palavras tão simples consegue expressar sentidos e sentimentos tão difusos ao conhecimento do senso comum. Invejo aqueles que escrevem com a leveza e a simplicidade do porte de um certo Diego Mendonça, as vezes com sinais tão poucos sinuosos consegue imprimir dor e alegria num gesto de pura dissimetria.
Fui acusado de ser melancólico. Fui elencado entre os que deviam ser combatidos para que os jovens não pudessem ler o que escrevo. Meu sangue foi varrido das faces que a terra criou a milênios adiante. Dizem que escrevo minhas letras entre os corpos em putrefação, onde o verme já saqueia as visceras soturnamente. Quando escrevi o verso infantil intitulado "Sobre o verso da dor", me disseram que eu havia escrito para algum amor não-correspondido. Eu sempre só... somente ouvi. calado. inerte. duro e fraco por dentro.
Me disseram que amo o passado, porque sempre escrevo falando de coisas ligadas a um tal existir. Blasfêmias! É só isso que acusam meus delatores. Me acusam com provas. Me condenem todos os dias. Eu escrevo porque amo a vida. Minha família, meus amigos e meus inimigos são minha única história (razão cartesiana) de viver.
Sou feliz assim, porque escrevo alegrias que sairam de pequenas tristezas de minha pouca vida.
Temo andar descalço.
Aí está um verso alegre aos meus deprimentes acusattores...
"Um adeus ao final da caminhada, nunca seria um beijo triste
Não fosse a alegria de esperar a sua volta.
Sente-se ao meu lado.
Não chore.
Chore de alegria.
Voltei pra ficar por pouco tempo ao seu lado.
Adeus, porque eu já vi isso acontecer."
mesmo com toda a suspeita sobre mim, falarei; escrevo "em versos simples" porque o complicado eu nao sei. Nao tenho embasamento pra descrever em verso e prosa minhas vivências...
ResponderExcluirEverson tem.
e, se só ele entende é porque INfelizmente a genialidade não se dá em árvores, nem se encontra em esquinas.
se só fala do passado é porque sabe que o futuro só será interessante daqui há uns 100 anos ou mais.
se só o mesmo entende é peo mesmo motivo que calaram Galileu.