Sobre o "Último Texto" in memoriam do falecido Nazareno.

Este texto se inicia com um comentário feito por uma certa "Adriana" num site qualquer de notícias eletrônicas, a certa interessada se refere aos textos do professor de redação Nazareno: "Será muito mais prazeroso ler as matérias do site sem os seus textos que muitas vezes agridem verbalmente os leitores. Mas não lhe desejo mal, simplesmente espero que quando um dia voltar a publicar seus textos, que sejam menos agressivos. Boa Sorte!"... Quanta frouchura... Eu acho que se ela conseguiu escrever isto, ela (ou será ele?) também tem talento... Tente Adriana. Avante!
Convenhamos que escrever não é para poucos, já disse que muitos escrevem como eu agora. Tenho dificuldades de expressar sentimentos, minha frieza é sintomática, acho que tem a ver minha criação... minha mãe diria isso. Mas deixando os devaneios para outras horas, venho destacar em defesa da "burra" liberdade de expressão, essa tal democracia bacteriana com molho indiano que ao parar de escrever o professor Nazareno confirma uma tese que não é minha, nós o populach(X)o sempre nos prostramos diante dos poderesos.
Não é uma substancial medida do fracassado que sou. Vejo que o senhor Nazareno com aquele sotaque nordestino da peste, escreve com uma simplicidade invejável de alguém que olha o mundo e não se engana com o slogan "Trabalho e Respeito... sempre". Não como alguém que fala de outro lugar, que opina de uma sala com central de ar da "Academia Rondoniense de Letras, um saber psudocientítico. Alguns, professor não podem escrever, não porque não podem, porque não sabem escrever como você. Não estou ao seu lado. Estou ao lado de seu talento como escritor. Posso não compartilhar das mesma opiniões, mas sinceramente haja paciência para ler tanta besteira que se escreve nestas paragens...
A primeira vez que vi você, quando ainda era estudante do ensino médio, não me senti fascinado como alguns ficariam. Fiquei alucinado diante de poucas palavras que nos disse naquela aula. O sotaque era inesquecível, mas as palavras ficaram cravadas no meu coração. O tempo passou professor Nazareno e hoje sinto as mazelas e agonias do que é verdadeiramente ser professor numa cidade "SEM SÍMBOLOS" como Porto Velho.
Enfim não quero que este texto, transforme-se num grito de clamor em defesa do senhor, quero que este texto seja metamorfeseado em palavras agonizantes diante da falta de respeito e a da velha "masturbação" da imprensa nativa. Essa que se diz de tal, pode deixar de publicar seus textos, mas tenho certeza terei acesso aos mesmos por vias ilegais, assim como os livros que eram roubados dos mosteiros medievais ou até (época que não vivi) dos porões putrefos da ditadura militar brasileira.
Enfim, peço desculpas pelo desabafo senhor professor Nazareno, mas a partir deste momento estou também na ilegalidade, que o AI-5 seja a medida certa para uma dor profunda em não mais poder ver seus textos publicados pela tal imprensa local.
Desculpe os erros (todos sem exce(ç)ssão) ortográficos, gramáticos, estéticos e sintaxe, todos são de minha culpa.
Obrigado e espero que nos encontremos na calada da noite, num beco escuro e escondido.
Ali. Haverá um lapso de liberdade, afinal só há libertinagem quando há liberdade...
Viva o proibido, viva o professor Nazareno. Ele não escreverá mais para que todos leiam!!! E na escuridão encontro um texto seu jogado ao chão... e que último seja o primeiro de todos aqueles que leremos séculos a frente...
Abraços de admiração.
Everson Castro não é nada em Porto Velho(e-mail: loucoporhistoria@hotmail.com)

Comentários

  1. Cara,adorei sua critíca.Esse "BOTECO ESCURO" me fe fazer uma viagem, por uma leitura que estou fazendo,à Bahia do século XIX,nas decadas de 183o,40,50 neste tempo escuro,onde pessoas que não tivesse uma comportamento social adequado,se encontravam e moravam nas estalagem abandonada,lugares assim escuros,com compania de ratos.Eram os que viviam margem da sociedade senhoral,aquele que não tinham emprego,tinha ganhado sua alforia por cousa de uma doença incuravèl,ou ter nascido com a pele negra.Isso nos mostra o prè-Brasil, ao qual vivemos hoje,nesta pseudo-democrácia.
    Adelto Rodrigues.

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  2. Everson como sempre muito preciso e crítico em seus comentários. As vezes, ser seu amigo é muito difícil, temos que escolher bem as frases, pois com um amigo deste, não existe a literatura, vive-se literatura. Ainda bem, que ainda há professores (e grandes amigos) que nos estimulam muito para nos debruçarmos sobre livros, no meu caso Caim, de Saramago, e assim como meu grande amigo, também indico, exceto para os cristãos ortodoxos, pois estes não irão gostar muito

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