A polonesa dos trópicos

Olho.Azul.Olho.Azul?
Olho o azul ou é o azul que me olha e me transpassa? Ou são as velas que atravessam perigosamente a quebra do mar azul?
Azul! Azul!
Um pedaço de barulho cai em noite polonesa. Lá na Polônia é muito frio. É frio a noite. É frio a tarde. É frio quando não estou na Polônia. Nunca pensei sobre o frio, porque o calor da Polônia é tão intenso que chega a assustar até a própria noite. Não deixa dormir nem a polonesa e nem um país inteiro dos poloneses, porque sendo insistente e lancinante como o frio dos trópicos, acaba os deixando com a garganta inflamada.
A polonesa acordou com a garganta inflamada.
A polonesa e a Polônia são agora coisas tão azuis quanto diferentes. Quantas diferenças entre o olho azul e o olhar azul. O olho azul. Apenas o olho que pode ser tudo e o eterno de tudo. O olhar azul é o olho que tudo vê, mas só enxerga o que está escuro. No escuro do meu quarto eu penso que a Polônia inteira, um país inteiro dorme ao meu lado. Dorme e acorda na terra das águias puras vindas de tempos frios. frios. frios.
Acordo em Dantizg, um corredor polonês cresce em guerra dentro de mim. Um pouco quente, sinto minhas buchechas um pouco geladas pela neve que caía e olho para um país inteiro olhando para mim. Olhos azuis. Olhos sempre e sempre mais azuis que ontem. Olho que me enxerga até na minha dor de sua ausência. Olho que nasce singular e que me faz tornar-me plural. Olho entrecortado por terras de icebergs em chamas. Olhos plurais que se despedaçam ante o nascimento de um novo cubo estelar e de um novo sol que me acorda de manhã. Sinto que algo me falta. Me falta ficar mais tempo na terra dos poloneses.
Aqui é bem mais frio e aconchegante do que a tropicidade escaldante de minha terra natal. Porque temos que ir embora? Pergunto aos cidadãos poloneses. E eles só dizem que todos temos que trabalhar as 07h00 da manhã.
Enfim, arrumarei minhas poucas coisas e colocarei em sacolas plásticas, pois irei para a Polônia, agora, uma terra de olhos que me animaram no seio de sua dor e que me entristeceram na alegria quando me dei conta que a polonesa foi se embora.
Alguém sabe onde fica a Polônia ou em qual castelo mora minha polonesa dos trópicos?
Olho azul. Polonesa Azul. Azul do olho da polonesa.
Olho o azul ou é o azul que me olha e me transpassa? Ou são as velas que atravessam perigosamente a quebra do mar azul?
Azul! Azul!
Um pedaço de barulho cai em noite polonesa. Lá na Polônia é muito frio. É frio a noite. É frio a tarde. É frio quando não estou na Polônia. Nunca pensei sobre o frio, porque o calor da Polônia é tão intenso que chega a assustar até a própria noite. Não deixa dormir nem a polonesa e nem um país inteiro dos poloneses, porque sendo insistente e lancinante como o frio dos trópicos, acaba os deixando com a garganta inflamada.
A polonesa acordou com a garganta inflamada.
A polonesa e a Polônia são agora coisas tão azuis quanto diferentes. Quantas diferenças entre o olho azul e o olhar azul. O olho azul. Apenas o olho que pode ser tudo e o eterno de tudo. O olhar azul é o olho que tudo vê, mas só enxerga o que está escuro. No escuro do meu quarto eu penso que a Polônia inteira, um país inteiro dorme ao meu lado. Dorme e acorda na terra das águias puras vindas de tempos frios. frios. frios.
Acordo em Dantizg, um corredor polonês cresce em guerra dentro de mim. Um pouco quente, sinto minhas buchechas um pouco geladas pela neve que caía e olho para um país inteiro olhando para mim. Olhos azuis. Olhos sempre e sempre mais azuis que ontem. Olho que me enxerga até na minha dor de sua ausência. Olho que nasce singular e que me faz tornar-me plural. Olho entrecortado por terras de icebergs em chamas. Olhos plurais que se despedaçam ante o nascimento de um novo cubo estelar e de um novo sol que me acorda de manhã. Sinto que algo me falta. Me falta ficar mais tempo na terra dos poloneses.
Aqui é bem mais frio e aconchegante do que a tropicidade escaldante de minha terra natal. Porque temos que ir embora? Pergunto aos cidadãos poloneses. E eles só dizem que todos temos que trabalhar as 07h00 da manhã.
Enfim, arrumarei minhas poucas coisas e colocarei em sacolas plásticas, pois irei para a Polônia, agora, uma terra de olhos que me animaram no seio de sua dor e que me entristeceram na alegria quando me dei conta que a polonesa foi se embora.
Alguém sabe onde fica a Polônia ou em qual castelo mora minha polonesa dos trópicos?
Olho azul. Polonesa Azul. Azul do olho da polonesa.
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