90 dias ao lado da vovó Varinta.
Lembro quando eu ficava olhando minha vó costurar numa máquina de costurar da marca Singer, bem antiga, acho que tinha uma inscrição quase criptográfica devido ao tempo de uso daquela máquina que remontava a época da era industrial européia, ditando assim: “desde 1909”. Devia ser a data de criação da fábrica. Eu nem pensava nisso. Só penso agora que a máquina não existe mais e se perdeu no tempo da minha imaginação, quando minha vó Varinta costurava uns "conjuntinhos" que eu usava, hoje as crianças não usam mais essas roupas. Não sei se usam mais...
Que pena. Era tão bom, usar as roupas que minha vó fazia pra eu sair na rua. Eu “desfilava” (não entendam isto por vias que não preciso acentuar, que não são) com aquelas roupas como se estivesse numa passarela de moda da SPFW, como que se o mais interessante não fosse meu corpo desinteressante e antierótico (nem pensava assim naqueles dias da minha infância, somente tenho saudades), mas sim, a maestria das mãos que fitaram cada linha e cada contorno daquele tecido, ora era pano e retalhos, agora um lindo calção que eu usava com orgulho. Eram tempos que não esquecerei e lembrarei com saudades..
Engraçado que naqueles dias de "IR ATÉ CASA DA VOVÓ VARINTA" meu pai acordava cedo e fritava numa frigideira bem antiga uma dúzia de ovos, que só ele comia uns três ou quatro desses. Meu pai sempre com o olho maior do que a barriga, dizia minha mãe brava.
Vovó Varinta sente em seu íntimo, mesmo sem conseguir exprimir em palavras ordinárias, quando quer nadar atrás das canoas imaginárias de outras infâncias suas, quando a menina corria pra saia da mamãe Carolina pra lhe pedir que a deixasse pescar com seus irmãos mais velhos. Aquele rio era somente dela.
Aquele rio está aqui vovó Varinta. Ele é seu. OMA ET(te amo) vovó Varinta. Feliz Aniversário por seus 90 aninhos de luta e amores.
Que pena. Era tão bom, usar as roupas que minha vó fazia pra eu sair na rua. Eu “desfilava” (não entendam isto por vias que não preciso acentuar, que não são) com aquelas roupas como se estivesse numa passarela de moda da SPFW, como que se o mais interessante não fosse meu corpo desinteressante e antierótico (nem pensava assim naqueles dias da minha infância, somente tenho saudades), mas sim, a maestria das mãos que fitaram cada linha e cada contorno daquele tecido, ora era pano e retalhos, agora um lindo calção que eu usava com orgulho. Eram tempos que não esquecerei e lembrarei com saudades..
Engraçado que naqueles dias de "IR ATÉ CASA DA VOVÓ VARINTA" meu pai acordava cedo e fritava numa frigideira bem antiga uma dúzia de ovos, que só ele comia uns três ou quatro desses. Meu pai sempre com o olho maior do que a barriga, dizia minha mãe brava.
Vovó Varinta sente em seu íntimo, mesmo sem conseguir exprimir em palavras ordinárias, quando quer nadar atrás das canoas imaginárias de outras infâncias suas, quando a menina corria pra saia da mamãe Carolina pra lhe pedir que a deixasse pescar com seus irmãos mais velhos. Aquele rio era somente dela.
Aquele rio está aqui vovó Varinta. Ele é seu. OMA ET(te amo) vovó Varinta. Feliz Aniversário por seus 90 aninhos de luta e amores.
Nossa..que lindo!! eu também usava quando era criança umas roupinhas que minha avó fazia..
ResponderExcluiré muito bom ter vovó!